sexta-feira, 3 de julho de 2009

Não existe um só tipo de carboidrato!


Diferentemente do que muitas pessoas pensam, os carboidratos não podem ser classificados de forma igual e assim serem ingeridos na mesma quantidade na dieta. Existem 3 tipos diferentes de carboidratos: complexos processados, complexos não processados e os simples.

Os complexos processados são os mais saudáveis e por isso devem estra em maior quantidade na dieta. Eles normalmente contém baixo índice glicêmico e são ricos em fibras, minerais e vitaminas. Além disso dão a impressão de saciarem mais a fome e liberam mais vagarosamente a glicose na circulação, influencindo assim na produção e liberação de insulina. Nesse primeiro tipo de carboidrato estão incluídos arroz integral, pão de grãos integrais, milho, inhame, batata doce e aveia, por exemplo.
Os complexos não processados são alimentos que foram submetidos a processos de refinamento . Comparados aos não processados, geralmente têm elevado índice glicêmico (alto teor de açúcar simples), poucas fibras, vitaminas e minerais, além de serem digeridos rapidamente. Estes carboidratos incluem o arroz branco, o pão branco, baguetes e batatas.

O terceiro tipo, carboidratos simples , inclui açúcares de mesa, refrigerantes, algumas frutas e sucos de frutas, doces e sorvetes. São altamente glicêmicos e quase sempre absorvidos imediatamente pelo corpo.

Fonte: Carrie Curtis - nutricionista IFBB
Tradução: Anna Maria Garcia
http://www.jmfbrasil.com.br/nutricao8.asp

Postado por: Camila Magalhães

A indústria sem carboidrato.


Já falamos aqui da adaptação dos "fast-foods" à nova moda das dietas de "low carb".
Falaremos agora sobre as adaptações que estão sendo feitas pela indústria alimentícia de um modo geral, que modificará até mesmo a produção de gigantes como Coca-Cola, Kraft, Kellogg’s, Unilever e Pepsico.
Com cerca de 64% dos americanos com mais de 20 anos acima do peso, a chegada dos novos produtos se tornou não apenas um fenômeno social, mas também econômico. De 2002 a 2004, foram nada menos do que 1.558 lançamentos com o rótulo “low
carb” na embalagem. Vão de cerveja, molho para salada, ketchup e amendoim a sorvete, cereais, biscoitos, doces e sobremesas. Praticamente todos os produtos já lançados com esse rótulo já estão sendo sucesso nas prateleiras do supermercado.
Segundo a Kraft, vende-se mais de 40 milhões de dólares anuais nessa nova área de alimentos. (Dados de 2004)
O mesmo fenômeno já aconteceu no passado, com os produtos diet e light.

Fonte: Isto é Dinheiro/ NegóciosQ Baixos carboidratos
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/350/negocios/350_industria_carboidatros.htm
Postado por: Camila Magalhães

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Carga de Carboidratos e Resistência Atlética


A prática de dar uma carga de carboidratos vem de observações feitas no início da década de 1960 de que a resistência durante exercício vigoroso era limitada primariamente pelos estoques de glicogênio muscular. Claro, glicogênio não é a única fonte de energia para o músculo. Ácidos graxos livres aumentam no sangue durante exercício vigoroso e são utilizados pelo músculo, juntamente com seus estoques de glicogênio. Uma vez que o glicogênio tenha se esgotado, entretanto, o músculo não pode depender inteiramente de ácidos graxos livres sem se cansar rapidamente, provavelmente porque o músculo fica cada vez mais hipóxico durante exercício vigoroso. Enquanto glicogênio é utilizado aerobicamente e anaerobicamente, ácidos graxos só podem ser utilizados aerobicamente. Em condições anaeróbicas, ácidos graxos não podem fornecer ATP em velocidade suficiente para servir como única fonte de energia.

A prática de dar uma carga de carboidratos para aumentar as reservas de glicogênio foi introduzida para atletas de enduro e outras provas de resistência. O regime de carga de carboidratos original consistia de um período de 3 a 4 dias de exercício pesado com uma dieta pobre em carboidratos, seguidos de 1-2 dias de exercício leve com dieta rica em carboidratos. O período inicial de baixo carboidrato e alta demanda energética causavam uma depleção das reservas musculares de glicogênio. A mudança subsequente para uma dieta rica em carboidratos resultava na produção de níveis acima do normal de insulina e hormônio de crescimento, e as reservas de glicogênio chegavam a quase duas vezes as quantidades normais. Essa prática realmente aumentava significativamente a resistência. Em um estudo, indivíduos em teste com dieta rica em gorduras e proteínas tinham menos de 1,6g de glicogênio por 100g de músculo e conseguiam realizar uma carga de trabalho padronizado por apenas 60 minutos. Quando os mesmos indivíduos consumiram uma dieta rica em carboidratos por 3 dias, suas reservas de glicogênio aumentaram para 4g por 100g de músculo, e mesma carga de trabalho foi realizada por até 4 horas.

Embora a técnica evidentemente funcionasse, os atletas frequentemente se sentiam letárgicos e irritáveis durante a fase pobre em carboidrato do regime, e a dieta rica em gordura estava em desacordo com as recomendações atuais para saúde. Estudos recentes indicam que o consumo regular de uma dieta rica em carboidratos complexos e pobre em gordura durante o treinamento aumenta as reservas de glicogênio, sem mudanças súbitas de dieta. Recomendações atuais são de que atletas de provas de resistência consumam uma dieta rica em carboidratos (com enfase em carboidratos complexos) durante o treinamento. Depois, a ingestão de carboidratos é aumentada ainda mais (para 70% das calorias) e o exercício é diminuível durante os 2-3 dias que antecedem o evento atlético. Isto aumenta as reservas de glicogênio muscular até níveis comparáveis aos descritos anteriormente no regime de carga de carboidratos.



Texto retirado de :

Manual de bioquímica com correlações clínicas - Coordenador Thomas M. Devlin

pag.1052-sexta edição-Editora Blucher



Para descontrair...II




"E a melhor parte é que possui baixo carboidrato..."

Estrutura de Carboidratos

Os carboidratos (ou hidratos de carbono) são poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas, ou substâncias que, hidrolisadas, originam estes compostos.
Os carboidratos são subdivididos em:

>Monossacarídios: constituem o tipo mais simples de carboidrato, chamados aldoses ou cetoses, segundo o grupo funcional que apresentam, aldeído ou cetona. De acordo com a quantidade de átomos de carbono, são designados trioses, tetroses, pentoses, hexoses ou heptoses. Há duas trioses – o gliceraldeído, uma aldotriose, e a diidroxicetona, uma cetotriose. Os outros monossacarídios são teoricamente derivados dessas duas trioses.
>Oligossacarídeos: são carboidratos formados por uma pequena quantidade de monossacarídios unidos por ligações glicosídicas.Estas ligações são, teoricamente, formadas entre duas hidroxilas de duas moléculas de monossacarídios, pela exclusão de uma molécula de água.Os oligossacarídeos mais comuns são os dissacaridios como a sacarose (glicose + frutose) e a lactose (glicose + galactose).
>Polissacarídios: são polímeros constituídos por centenas ou milhares de resíduos de monossacarídios, mas comummente a glicose. Podem formar cadeias lineares, como na celulose, ou cadeias ramificadas, como no amido e no glicogênio.

O amido é o carboidrato mais abundante na dieta dos seres humanos, seguido por sacarose e lactose. Consequentemente, o principal produto da digestão de carboidratos é a glicose, secundada por pequenas quantidades de frutose e galactose. Carboidratos componentes de fibras dietéticas, como a celulose, por exemplo, não podem ser digeridos pelos seres humanos, que não dispõem das enzimas apropriadas.



TEXTO ADAPTADO DE : Bioquímica Básica – Anita MARZZOCO e BAYARDO B. Torres – Terceira Edição GUANABARA KOOGAN

A imagem representa a molécula da glicose

Comentando o artigo...

Dietas de Low Carb para pacientes com diabetes tipo 2

De acordo com a análise bioquímica e fisiológica dos dados contidos no artigo "Should patients with diabetes follow a low-carb diet? Before you recommend a low-carbohydrate diet for weight loss, read this review of the effect these diets can have on a patient with type 2 diabetes"* publicado no Journal of the American Academy of Physicians Assistants, chega-se a conclusão de que dietas de baixo carboidrato não são recomendáveis para diabéticos a longo prazo, embora a curto prazo os resultados para perda de peso sejam contundentes.
Os argumentos para tal conclusão serão apresentados a seguir:

  • Dietas de baixo carboidrato tendem a aumentar a porcentagem de massa gorda corpórea devido a alta taxa de gluconeogênese a partir de aminoácidos acarretada por esse tipo de dieta.Ademais,indivíduos que desistem da dieta (que causou perda de massa magra) e ganham peso tem essa situação agravada.Resistência a insulina é agravada por alta adiposidade corpórea,portanto, dietas de baixo carboidrato podem agravar o quadro de diabetes tipo 2.
  • Perda de peso provém de desidratação.Gliconeogênese a partir de aminoácidos acelerada devido ao baixo consumo de carboidratos leva a excreção elevada de uréia, o que pode causar desidratação.Em estudos realizados com dietas de baixo carboidrato,parcela significativa dos indivíduos desenvolveu dores de cabeça que podem ser sintomas de tal desidratação.
  • Aumento do risco de doenças cardiovasculares.Dietas de baixo carboidrato foram relacionadas com aumentos nos valores de colesterol circulante,especialmente LDL-C; é sabido que altos níveis de colesterol na circulação induzem a ocorrência de aterosclerose.Ademais, baixa ingestão de carboidratos está relacionada com aumentos no níveis de homocisteína e fibrinogênio circulantes, substâncias que facilitam complicações cardiovasculares.O baixo consumo de carboidratos também diminui as reservas de antioxidantes, substancias que protegem as paredes das artérias de estresse oxidativo.Portanto, os diabéticos que já têm de 2 a 4 vezes mais chances de desenvolverem doenças cardiovasculares, teriam seus riscos incrementados por dietas de baixo carboidrato.

Há algumas características das dietas de baixo carboidrato que as tornam recomendáveis a diabéticos tipo 2:

  • Redução da glicemia.Baixa ingestão de carboidratos faz com que o corpo tenham consideravelmete menos substrato para obtenção de glicose, o que reduz a glicemia e induz a cetogênse.Níveis glicêmicos elevados são responseis por nefropatias e neuropatias apresentadas por diabéticos, dentre outras patologias.
  • Redução da insulinemia. Dietas low carb estão relacionadas com menor produção de insulina, o que é considerado benéfico para a condição de resistência a insulina apresentada por diabéticos tipo 2.

Portanto, a curto prazo, dietas de baixo carboidrato são benéficas para diabéticos devido a perda de peso e baixas da insulinemia e glicemia.No entanto, a longo prazo, tais dietas podem aumentar as complicações para tal grupo de pacientes.Vale ressaltar que, dado que diabetes é uma doença crônica, um tratamento alimentar para ela deve ser aplicável a longo prazo.

*Dados completos do artigo: JAAPA Outubro de 2007; 20(10): 36-41 ChandlerMJ, Hildelbrandt LA -Appalachian Regional Medical Center, Hazard, Kentucky, USA.







10 razões para não fazer dieta de low-carb


1) Dificuldade em manter a perda de peso-
É dificil permanecer em uma dieta de baixo carboidrato por muito tempo pela restrição na variedade de alimento que pode ser ingerida.
2) Rápidas quedas de pressão ou hipotensão-
Causas: perda de fluídos e eletrólitos, e reduzida atividade do sistema nervoso simpático.
3) A dieta reduz a performance atlética
4) Riscos de cetoses
5) Aumenta o risco de problemas cardíacos-
Geralmente pessoas em dietas de baixo carboidrato passam a ingerir maiores quantidades de gordura.
6) Gota-
Devido a uma ingestão elevada de alimentos purínicos (como carne, nozes, ovos e frutos do mar), que são quebradas em ácidos úricos pelo organismo que vão parar nas juntas como cristais.
7)Aumenta risco de Câncer-
Pela ingestão de quantidades insuficientes de frutas e verduras, que são importantes na prevensão do câncer.
8) Osteoporose-
Ingestão exagerada de proteínas aumenta a eliminação de cálcio pela urina.
9) Aumento da pressão senguínea com a idade-
Não retringe a quantidade de sal ingerido nem a quantidade de gordura.
10)Pedras de rins-
Pedras de ácido úrico e cálcio são mais prováveis de serem formadas em uma dietas com grande quantidade de proteínas do que em uma dieta com maior quantidade de carboidratos, com mais frutas e vegetais.

fonte:http://www.mth.org/LowCarb.html
Postado por: Ísis Garcia, Hugo Alecrim e Débora Gurgel.