sábado, 27 de junho de 2009

Dieta Cetogênica-uma dieta sem carboidrato



Dieta cetogênica no tratamento das epilepsias graves da infância: percepção das mães

O que seria uma dieta cetogênica? O mecanismo dessa dieta é simples, quem faz esse tipo de dieta não pode ingerir açúcar nem carboidratos, apenas proteínas. Quando se ingere somente proteínas, sem carboidratos (combustível do organismo), o organismo se adapta e começa a usar a própria gordura de reserva para conseguir obter energia. É capaz de manter o mecanismo metabólico de inanição do corpo, pois fornece gordura exógena, a qual será utilizada como fonte energética em lugar da gordura estocada, criando e mantendo um estado de cetose.
Esse tipo de dieta ajuda no tratamento de crianças que sofrem de epilepsia (um transtorno neurológico). Um estudo feito por uma equipe multiprofissional no Centro de Neuropediatria do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) acompanhou mães de crianças que sofrem deste mal. O seguinte estudo teve como objetivo perceber os sentimentos e as dificuldades das mães de crianças com epilepsia em relação à adoção e ao seguimento da dieta cetogênica, bem como avaliar sua influência na rotina familiar.
As dietas cetogênicas típicas apresentam a relação de dois a cinco gramas de lipídeos para um grama de carboidratos, mais a quantidade adequada de proteínas. Isso se traduz em uma quantidade de gordura de 80% a 90% do total de energia da dieta, fazendo com que os alimentos predominantes sejam: creme de leite, maionese e gorduras vegetais. Essa dieta ajudaria na melhora de ocorrência de convulsões em conseqüência a uma posterior adaptação do cérebro ao deixar de usar glicose como fonte de energia e passar a usar no lugar corpos cetonicos (são três substâncias solúveis em água que são produtos derivados da quebra dos ácidos gordos para fornecer energia no fígado e no rim).
O acompanhamento de profissionais de saúde é de extrema importância já que o estado prolongado de cetosi pode ser fatal. Esse é um dos motivos das mães de crianças que sofrem de epilepsia sofreram tanto, tendo em vista que é uma maneira “perigosa”, e também é um tipo de tratamento que modifica toda a rotina familiar.
O estudo teve como conclusão que experiência de ter um filho em tratamento com a dieta cetogênica revelou diferentes momentos de adaptação. Conforme os relatos das mães, o inicio da dieta é um período bastante difícil. Porém depois de se “acostumarem” com o novo modelo de vida, fica mais fácil de ser levados adiante, a doença e o tratamento.
Postado por: Débora Gurgel

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